Foi com a notícia de que sua personagem Mônica seria nomeada embaixadora da Cultura no Brasil que o cartunista Mauricio de Sousa iniciou entrevista coletiva, na última sexta-feira, sobre os seus 50 anos de carreira.
Muito aberto a responder todas as perguntas, o cartunista fez um breve apanhado de sua carreira a dividindo em décadas e falou sobre os planos para o futuro. “Agora é a vez dos desenhos animados para TV, games que interagem com os gibis e desenhos para celular que estamos fazendo em coprodução com grandes estúdios do mundo. Na década que vem, o nosso compromisso será com a educação e já estamos firmando parceria com a BBC de Londres e com o Discovery Channel”, adiantou.
Quando esta repórter se apresentou e fez a primeira pergunta da coletiva para quebrar o gelo entre os jornalistas, o cartunista lembrou que o Correio Popular foi um dos primeiros jornais a publicar suas tirinhas.
No documentário, Mauricio relembra que quando era repórter na Folha de S. Paulo, em 1954, investigava como era o ofício dos cartunistas publicados diariamente pelo jornal e sonhava em ser um deles. O desejo se tornou realidade em 1959, quando convenceu um dos editores a publicar os quadrinhos do Bidu e Franjinha, seus primeiros personagens, e ocupou um andar inteiro do prédio da empresa.
Durante a coletiva, Mauricio disse que seu objetivo é voltar a fazer tiras de jornal para unir a ficção com a realidade, já que o ofício de desenhar fica, atualmente, a cargo dos desenhistas de seu estúdio. Também revelou que gostaria de voltar a desenhar o dinossauro Horácio. “Eu não desenho mais e a proposta é esta mesmo. Fico monitorando e examinando todos os roteiros. Também faço os primeiros traços dos personagens que crio e deixo mastigado para o pessoal do estúdio”conta.
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